Fascismo

 

Entre a revolução e o nazi-fascismo

  A catástrofe econômica de 1929 atingiu todo o mundo capitalista.A mais grave consequência da crise foi a escalada do desemprego, que atingiu níveis sem precedentes.

  A crise econômica produziu uma grande divisão política na Europa. O liberalismo parecia não ter respostas para a crise. Trabalhadores, ativistas políticos e intelectuais denunciavam o capitalismo como responsável pela crise e pregavam a revolução socialista, a exemplo do que havia acontecido na Rússia em 1917. Setores da classe média e a grande burguesia, preocupados com a iminência de uma revolução, apoiaram, em vários casos, propostas autoritárias, com o objetivo de defender o capitalismo contra a ameaça comunista e recuperar valores nacionais.

  Crise econômica, polarização política, ressentimentos com o desfecho da guerra, assim era o quadro da Europa no início dos anos 1930. Entre a revolução, o liberalismo e as propostas autoritárias ou totalitárias, em muitos países venceu a última opção.

 

A Itália às vésperas do Fascismo

  A economia italiana teve um enorme impulso durante a Primeira Guerra Mundial. Estimulada pela indústria de armamentos, a produção de ferro e aço, por exemplo, elevou-se de 200 mil toneladas por ano para 1 milhão de toneladas entre 1915 e 1917.

  Após a guerra, contudo, a inflação e a desvalorização da moeda italiana contribuíram para eliminar um grande npumero de pequenas empresas e para aumentar o desemprego. A sociedade italiana enfrentava também o drama das perdas humanas na guerra: 600 mil mortos e 500 mil mutilados. Além disso, os italianos se sentiam traídos pelos aliados por não terem recebido os territórios prometidos em troca de apoio da Itália aos países da Entende.

 

Os fascitas marcham sobre Roma

  A crise do pós-guerra e o fortalecimento das organizações operárias representavam uma ameaça à manutenção da monarquia italiana. Com o avanço das propostas socialistas influenciadas pelo triunfo da Revolução Russa e a crise social gerada pelas consequências da guerra deram espaço, em 1919, para a fundação dos fasci italiani de combattimento, grupos paramilitares criados por Benito Mussolini. Eles possuíam milícias armadas, os chamados "Camisas Negras", membros do partido fascista italiano. Mussolini era conhecido por Duche (chefe).

  Em 1922, Mussolini e seu grupo atacavam violentamente as organizações operárias e socialistas. Os fascistas contavam com o apoio financeiro dos principais latifundiários, comerciantes, banqueiros e industriais italianos, que aderiram ao fascismo para impediro o avanço da revolução e do socialismo.

  Em outubro de 1922, os fascistas promoveram a Marcha sobre Roma. Nela exigiam a entrega do poder para Mussolini. Pressionado, Vitorio Emanuelle III (rei da Itália) convidou Mussolini a formar um novo governo.

  Depois disso, a Itália entrou numa fase de recuperação. O investimento do Estado na infraestrutura urbana e na construção de obras públicas foi a estratégia dos fascistas para combater o desemprego. A situação dos trabalhadores, contudo, não melhorou significativamente.

  Exercendo uma brutal repressão contra os opositores, a ditadura fascista italiana, sob comando do Duche, manteve-se durante os anos 1930 e só foi derrubada ao final da Segunda Guerra Mundial.

 

Algumas características do Governo de Mussolini

  - Ditadura;

  - Violência;

  - Censura;

 - Em 1929, Mussolini assinou um acordo com o Papa Pio XI que estabelecia o apoio das autoridades católicas ao Governo Mussolini em troca do reconhecimento, por parte do governo italiano, da independência do Vaticano,

  - Combate a Grande Depressão com a intervenção na economia, benefício da classe média e a exclusão dos sindicatos dos operários (comunistas/anarquistas).