A França de Napoleão

 

  O movimento de 1789, de fato, foi de extrema importância, não só para a França, mas também para o mundo. A revolução mostrou seus ideais, defensores da igualdade e da liberdade. Porém, algum tempo depois de tal movimento, o país ainda não havia se organizado. As divergências entre os grupos políticos e seus ideais chegavam ao auge. Foi neste período que o general Napoleão Bonaparte acabou se destacando pelo seu incrível combate aos inimigos da revolução. Muitos apoiavam um golpe de Estado por parte do general. E assim foi feito.

  Em 1799, Napoleão Bonaparte realizou o golpe conhecido como 18 Brumário (9 de novembro) e assumiu o poder. O homem desfez as Assembleias e aprovou uma nova Constituição: o Consulado (formado por três cônsules, dos quais Napoleão fazia parte).

   Durante os seus dezesseis anos de mandato, Napoleão comandou o país do jeito que lhe era agradável, traindo, de certa forma, o ideal da revolução. Em pouco tempo, o homem recebeu o título de imperador. Ele manteve boa parte das conquistas revolucionárias. Ao mesmo tempo, apoiava a burguesia. 

  As finanças do país recuperaram-se. Os impostos foram reorganizados; serviços como o dos correios receberam melhorias. Criou-se o Código Civil Napoleônico, que reorganizou as leis do país. Houve também a criação do Códiogo Comercial, bem como do Código Penal.

 

  Quando Napoleão assumiu o poder, além das melhorias já vistas, adotou-se também o ideal de promover a paz entre os países com os quais a França entrara em guerra graças à revolução.

  Esta paz, porém, durou pouco: Inglaterra, Áustria, Prússia e Rússia uniram-se para declarar guerra à França. Temia-se o exemplo de Napoleão, que concentrava poderes e obtinha grande sucesso.

  No início da guerra, a França mostrou-se imbatível. A Inglaterra, todavia, era um grande obstáculo, pois era provida de impecável frota marítima.

  Napoleão voltou-se, então, para a Europa: derrotou a Prússia e imobilizou a Áustria. 

  Muito inteligente, o homem declarou Bloqueio Continental: o país europeu que não cortasse relações com a Inglaterra teria seu território invadido. Tarefa difícil esta, pois muitos dos países dependiam das relações comerciais com a Inglaterra.

  Como ocorreu em muitos países, a Rússia acabou por romper o bloqueio e teve seu território invadido. Porém, encontrando tudo destruído no país, principalmente a agricultura, o abastecimento das tropas dificultou-se. Além disso, o exército foi castigado pelo frio intenso da região.

  Com a perda de milhares de homens, Napoleão viu-se enfraquecido. Sem apoio, o homem abdicou e acabou por ser exilado na Ilha de Elba, donde conseguiu escapar e assumir o poder novamente. Porém, desta vez o seu mandato foi de curto período: após cerca de três meses (ano de 1814), a união entre alguns países europeus fez a derrota de Napoleão.

  Depois deste episódio, Napoleão Bonaparte foi exilado na Ilha de Santa Helena e foi submetido a forte vigilância. No exílio permaneceu até a sua morte, em 1821.

 

O Congresso de Viena: " Novos Tempos"

 

  Em 1814, após a derrota de Napoleão, os países que se uniram contra o homem discutiam, em Viena, sobre como fazer com que a França retornasse aos padrões do Antigo Regime. E foi assim que os franceses viram Luís XVIII ser reconduzido ao poder - este homem (irmão de Luís XVI) assumira o poder durante o primeiro exílio de Napoleão, e assim permaneceu até este tomar o poder novamente e ser derrotado definitivamente.